Por que somos tão poucas? Entendendo o Teto de Vidro na Universidade Pública | Opinião

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Mulheres na academia: uma luta por igualdade Dados da Unesco mostram que as mulheres representam apenas 33,3% de todos os pesquisadores do mundo, sendo que somente 12% delas são membros de academias científicas nacionais. A situação não é muito diferente no Brasil, onde, apesar de representarem 58% dos bolsistas da Capes, apenas 7% das mulheres fazem parte do comitê de seleção da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), a situação não é diferente: apesar de serem maioria nos cursos de graduação e pós-graduação, as mulheres são minoria nos quadros de docentes, especialmente entre os professores titulares. Mas por que isso acontece? Seria a Faculdade de Direito da USP menos aberta à inclusão de mulheres em seus quadros? A verdade é que a disparidade de gênero é um problema que afeta não apenas a universidade, mas toda a academia. Enfrentando a desigualdade Nos últimos anos, a Faculdade de Direito da USP tem tomado medidas para reverter a situação de desigualdade entre gêneros. Alterações na regulamentação dos concursos docentes, exigência de participação mínima de 25% de mulheres em eventos e a criação da ouvidoria de gênero e da comissão de esforço contra o preconceito são algumas das iniciativas implementadas para tornar a faculdade mais inclusiva. Além disso, a instituição oferece disciplinas de graduação e pós-graduação dedicadas às relações entre o Direito e a equidade de gênero, grupos de pesquisa e de extensão voltados para essa temática e está finalizando o projeto da galeria de fotos das professoras, para registro histórico das cerca de 40 docentes que lecionaram nas Arcadas. A mudança começa por nós No entanto, ainda há muito a ser feito para superar a desigualdade de gênero na academia e na ciência. A discriminação e a exclusão de mulheres nesses campos estão enraizadas e normalizadas, deixando pouca visibilidade para a problemática. É preciso enfrentar a questão como um problema político, que merece análise e mudanças estruturais. A igualdade de gênero é fundamental para a melhoria da vida em sociedade e para o desenvolvimento sustentável. O combate às práticas discriminatórias e a promoção da diversidade são deveres de todos nós. E isso não tem nada a ver com paternalismo, mas sim com justiça e igualdade. imagem de duas mulheres sentadas em um banco, conversando e sorrindoPor que a desigualdade de gênero na academia é tão problemática?

Além de ser uma questão de justiça e igualdade social, a falta de diversidade nas instituições de ensino e pesquisa significa a perda de perspectivas e abordagens importantes para o avanço da ciência e tecnologia. Sem a contribuição de mulheres, da população LGBTQIA+ e de outras minorias, o campo se torna menos criativo e com menos potencial para resolver desafios reais enfrentados pela sociedade.

imagem de um grupo diverso de estudantes, sorrindo e se abraçandoPor que há tão poucas mulheres nos quadros de docentes?

A disparidade de gênero na academia não é um problema novo e nem exclusivo da Faculdade de Direito da USP. As mulheres enfrentam barreiras estruturais desde o início de suas carreiras, desde a falta de representatividade em comitês de seleção até a falta de políticas públicas que permitam a conciliação entre a vida acadêmica e pessoal. Para mudar essa realidade, são necessárias ações efetivas por parte das instituições e mudanças culturais profundas em nossa sociedade.

imagem de uma mulher escrevendo em um caderno em frente a uma estante de livrosComo podemos tornar a academia mais inclusiva?

A inclusão de minorias na academia passa por mudanças estruturais nas instituições de ensino e pesquisa, como a criação de políticas de contratação que favoreçam a diversidade de gênero, raça e etnia, assim como o incentivo a eventos e congressos que promovam a diversidade. A transformação também passa por mudanças culturais mais profundas em toda a sociedade, a fim de que mulheres possam se desenvolver profissionalmente sem discriminação e preconceito.

Conclusão

A igualdade de gênero é um direito humano fundamental que deve ser garantido em todas as áreas da sociedade, incluindo a academia e a ciência. Promover a diversidade é uma responsabilidade de todos nós e deve fazer parte de uma agenda de mudanças estruturais e culturais para que a sociedade avance rumo a uma maior justiça e igualdade.

Fique à vontade para deixar seu comentário e compartilhar suas ideias sobre como podemos tornar a academia mais inclusiva e diversa. Agradecemos a sua leitura e esperamos contar com o seu engajamento para construir um mundo mais justo e igualitário para todos.

Muito obrigado!


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